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A Civilização Micênica

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Capa do artigo: A Civilização Micênica

Máscara de ouro encontrada nos túmulos de Micenas por Heinrich Schliemann.
Conhecida como Máscara de Agamemnon. Museu Arqueológico Nacional de Atenas.

Micênica é o termo aplicado à arte e cultura da Grécia durante o período que vai de 1600 a 1100 a.C. O nome deriva da cidade de Micenas, no Peloponeso, onde outrora havia um grande palácio fortificado.

As ruínas da antiga cidade de Micenas vistas de cima.

Micenas é celebrada por Homero como a capital do rei Agâmenon, que liderou os gregos na Guerra de Tróia. Na arqueologia moderna, o local ganhou fama pela primeira vez através das escavações de Heinrich Schliemann em meados da década de 1870, que trouxeram à luz objetos cuja opulência e antiguidade pareciam corresponder à descrição de Homero do palácio de Agâmemnon.

O arqueólogo amador Heinrich Schliemann (1822-1890), que descobriu as ruínas de Tróia e Micenas.

A extraordinária riqueza material depositada nos Círculos Tumulares de Micenas (cerca de 1550 a.C.) atesta a existência de uma poderosa sociedade de elite, que floresceu nos quatro séculos seguintes.

Durante o período micênico, o continente grego desfrutou de uma era de prosperidade centrada em fortalezas como Micenas, Tirinto, Tebas e Atenas.

Círculos Tumulares de Micenas.

As oficinas locais produziam objetos utilitários de cerâmica e bronze, bem como artigos de luxo, como pedras esculpidas, jóias, vasos em metais preciosos e enfeites de vidro. O contato com a Creta Minóica desempenhou um papel decisivo na formação e desenvolvimento da cultura micênica, especialmente nas artes.

Mapa do Período Micênico.

O amplo comércio circulou bens micênicos por todo o mundo mediterrâneo, da Espanha ao Levante. A evidência para isso consiste principalmente de vasos de cerâmica, mas seu conteúdo (óleo, vinho e outras mercadorias) era provavelmente o principal objeto desse comércio.

Além de serem comerciantes, os micênicos eram guerreiros ferozes e grandes engenheiros, que projetaram e construíram pontes notáveis, muralhas de fortificação e tumbas em forma de colméia - sempre empregando alvenaria ciclópica - e elaboraram sistemas de drenagem e irrigação.

Vaso dos Guerreiros, encontrado por Heinrich Schliemann em Micenas. Século 12 a.C. Museu Arqueológico de Atenas.

Seus centros palacianos, a "Micenas rica em ouro" e a "arenosa Pilos", estão imortalizados na Ilíada e na Odisséia de Homero. Os escribas do palácio empregaram um novo sistema de escrita, o Linear B, para gravar uma língua grega antiga. No palácio micênico de Pilos - o mais bem preservado de sua espécie - os tabletes lineares B sugerem que o rei estava no comando de um sistema feudal altamente organizado.

Tablete com a escrita Linear B encontrado em Micenas. Museu Ashmolean, Oxford.

No final do século 13 a.C., no entanto, a Grécia continental testemunhou uma onda de destruição e o declínio dos sítios micênicos, causando a retirada para assentamentos mais remotos.

Tradução de texto escrito por Colette Hemingway e Seán Hemingway
Outubro de 2003

Foto de membro da equipe do site: Moacir Führ
Postado por Moacir Führ

Moacir tem 36 anos e nasceu em Porto Alegre/RS. É graduado em História pela ULBRA (2008-12) e é o criador e mantenedor do site Apaixonados por História desde 2018.

Fontes bibiliográficas
  • Higgins, Reynold. Minoan and Mycenaean Art. Rev. ed. New York: Oxford University Press, 1981.
  • Hood, Sinclair. The Arts in Prehistoric Greece. New Haven: Yale University Press, 1994.
  • Hornblower, Simon, and Antony Spawforth, eds. The Oxford Classical Dictionary. 3d ed., rev. New York: Oxford University Press, 2003.
  • Pedley, John Griffiths. Greek Art and Archaeology. 2d ed. New York: Harry N. Abrams, 1998.
  • Robertson, Martin. A History of Greek Art. 2 vols. Cambridge: Cambridge University Press, 1975.
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